segunda-feira, 25 de abril de 2016

Espaço Escola 2016

Neste ano, no Fórum Fortaleza, discutiremos sobre o dispositivo do passe em nossa Escola a partir de Wunsch – Boletim Internacional da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano. Os membros do Fórum se encarregarão das discussões a partir dos textos selecionados. Os textos estão disponíveis em www.champlacanien.net – publicações - Wunsch.

Local: sede do Fórum Fortaleza, 20:30h
Delegada (2015-2016): Elynes Barros Lima

28/04, próxima quinta, 20:30h - A Escola e o passe

“...Se eu pudesse, deixava meu lugar nesta página em branco: cheio do maior silêncio. E cada um que olhasse o espaço em branco, o encheria com seus próprios desejos.” Clarice Lispector, De bichos e pessoas.

- Beatriz zuluaga, A Escola, ainda – Wunsch 14 - Ercilia Souza
- Cora Aguerre, Por que o passe? – Wunsch 14 - Andrea Rodrigues
- Ana Martinez, Desta vez o problema não é o passe – Wunsch 14 - Elynes Barros Lima
- Collete Soler, Autorizar-se, mas como? – Wunsch 14 - Osvaldo Costa


23/06 - O cartel do passe: Há "do" analista?

“...Palavra de um artista tem que escorrer substantivo escuro dele. Tem que chegar enferma de suas dores, de seus limites, de suas derrotas. Ele terá que envesgar seu idioma ao ponto de enxergar no olho de uma garça os perfumes do sol.” Manoel de Barros, O retrato do artista quando coisa, em Poesia completa.

- Mario Brito, O cartel do passe, não é um cartel como os outros – Wunsch 13
- Dominique Fingermann, Uma carta nem sempre chega ao seu destino – Wunsch 13
- Carmen Gallano, Marca de uma aventura – Wunsch 13

25/08 - Sobre os AMEs (Analista Membro de Escola)

“Um largo feixe de luz atravessa o quarto, iluminando uma fina poeira, como se de repente se descobrisse a vida íntima do ar”. Georges Simenon, citado por Clarice Lispector em De bichos e pessoas.

- Sônia Alberti, Do AME: o passe para além do dispositivo – Wunsch 13
E sequências... (E depois do fim?)
- Sol Aparício, Eu sou, seguindo o vestígio do Outro
- Luis Izcovich, A verdadeira viagem

 
22/09 - Testemunho dos passadores

“Caminhando contra o vento sem lenço e sem documento, no sol de quase dezembro, eu vou...” Caetano Veloso, Alegria, alegria

- Natacha Vellut, Impasses e passe do passador – Wunsch 13
- Cibele Barbará, Testemunho a partir da experiência como passadora – Wunch 14
- Mõnica Palácio, A função do passador, mais além do testemunho – Wunsch 14


27/10 - Testemunho dos AEs (Analista da Escola)
“... E aquele
Que não morou nunca em seus próprios abismos
Nem andou em promiscuidade com os seus fantasmas
Não foi marcado. Não será marcado. Nunca será exposto
Às fraquezas, ao desalento, ao amor, ao poema.”
 
Manoel de Barros, zona hermética, em Poesia Completa.

- Vicky Estevez, A não resposta – Wunch 13
- Lydie Grandet, Ousar ser analista – Wunch 13

Seminários 2016


segunda-feira, 7 de março de 2016

Psicanálise em cordel

Psicanálise em Cordel
Autor: Pedro Paulo Paulino




Para provar que o Cordel
Com tudo se comunica
E, como literatura,
Atrás das outras não fica,
Eu peço condescendência
Para falar na ciência
Que somente Freud explica.

Pois foi Sigmund Freud,
O gênio neurologista,
Quem sondou a alma humana
Sob outro ponto de vista,
Tornando-se pioneiro
Com fama no mundo inteiro
Como psicanalista.

Estudando o psiquismo
Com funda investigação,
Freud adota novo método
Que inclui a aplicação
Na pessoa analisada
De uma técnica chamada
De Livre Associação

A cura pela conversa
Entre médico e paciente,
Eis a metodologia
Que de modo eficiente
Oferece grande pista
Para o psicanalista
Acessar o inconsciente.

Convém aqui destacar
A famosa parceria
De Freud e Joseph Breuer,
Cuja nova teoria
Seria então publicada
Numa obra intitulada
“Estudos Sobre a Histeria”.


O famoso caso Bertha
Que nalguma ocasião
Era incapaz de falar
Sua língua, o alemão,
Deu início à jornada
Da que se tornou chamada
“Cura de conversação”.

A partir já dos estudos
De Charcot, Freud analisa
Os pacientes tratados
E desde logo divisa
Que a causa é psicológica,
Não orgânica – eis a lógica
Central da sua pesquisa.

Seu trabalho original
Trouxe um novo entendimento
Ao conflito que há entre
O desejo e o sentimento,
E cuja contradição
Torna imperfeita a razão,
Sendo causa de tormento.

Em famosas conferências,
Freud expôs suas razões,
Que foram depois impressas
E ganharam edições
Amplamente traduzidas.
São bastante conhecidas
As suas Cinco Lições.

A primeira delas trata
Do caso aqui já citado
Da paciente de Breuer
E seu drama complicado,
Com crises de histeria
E acessos de afasia,
Vivendo presa ao passado.


Com tratamento catártico
De sondar o inconsciente
E descobrir da moléstia
A causa subjacente
(Usando ainda hipnose),
Foi combatida a neurose
E curada a paciente.

Esse caso tão famoso,
Além doutras evidências,
Serviram de base a Freud
Nas demais experiências.
Pela sua teoria,
Quem padece de histeria,
Sofre de reminiscências.

Vamos agora abordar
Sua segunda lição
Que trata da resistência
De trazer recordação
Ao estado consciente,
Que ele chamou prontamente
Processo de “repressão”.

Um desejo violento
Sempre em contrariedade
Às aspirações morais
De uma personalidade:
Entre o ego do doente
E a ideia, está presente
A incompatibilidade.

Esse conflito psíquico
Precisa ser resolvido.
Pelo método de Freud,
O paciente assistido,
Mesmo em estado normal
Traria à tona, afinal,
Um pensamento esquecido.

Conflito que sempre traz
Ao paciente a tortura
E, quanto mais prolongado,
Mais o desprazer perdura,
Cabe ao psicanalista
A gloriosa conquista
De enfim alcançar a cura.

Já na terceira lição,
O tema é desenvolvido
Considerando de um lado
O esforço refletido,
E do outro, a resistência
Pra trazer à consciência
O complexo reprimido.

Em outras palavras, tudo
O que o cientista quer
Dizer é que: para a busca
Do desejado é mister
Que o médico, simplesmente,
Permita que o paciente
Diga tudo o que quiser.

Outro tema ainda exposto
Nessa terceira lição
São os sonhos, para os quais
Freud tem explicação,
Como se vê adiante,
Tal como é muito importante
A sua interpretação.

O sonhos são os desejos
Que ficaram na memória.
Essa frase já resume,
De forma satisfatória,
O processo de sonhar,
Sem ser preciso apelar
Para arte divinatória.

Pela análise do sonhos
E profunda observância
Das impressões e dos fatos
Acontecidos na infância,
Prevê-se a sua influência
Em toda a nossa existência,
Daí a sua importância.

Freud, na quarta lição,
Fala em sexualidade
Que, segundo a sua tese,
Já começa em tenra idade;
Além dos vários complexos
Relacionados aos sexos,
Em qualquer sociedade.

Segundo ele, na infância,
Existem vários sinais
De instintos e atividades
Claras e sexuais
Que vão se tornar ativas,
Por fases evolutivas,
Nos indivíduos normais.

O sexo, em seu entender,
Age de forma segura
Na formação do caráter,
Em toda e qualquer cultura,
Mas, segundo o seu estudo,
Pode ser o conteúdo
De uma neurose futura.

Abordando o mesmo tema,
Mas já na quinta lição,
Freud analisa os sintomas
Ligados à regressão
Para a fase inicial
Da vida sexual,
Quando existe repressão.

Certas moléstias nervosas
Têm sua etiologia
Em traumas sexuais
Que se vão mostrar um dia
Como fuga à realidade,
Dominando na vontade
Do doente a fantasia.

Em suma, Freud constata
Que, devido à repressão,
O indivíduo perde fontes
De energia que lhe são
De incontestável valor,
Elemento propulsor
Para sua formação.

Mas com a psicanálise
E meios de tratamento,
São anulados desejos
Que só provocam tormento.
Conduzida, a ação mental
Produz em si, afinal,
O próprio medicamento.

Viva o psicanalista,
O detetive da mente,
Com seu trabalho importante,
Fundamentado e decente,
Profissional da ciência
Que provoca a consciência
Para ouvir o inconsciente.

Este cordel talvez seja
O primeiro freudiano,
Investigando os mistérios
Profundos do ser humano.
É, porém, de tudo antes
Um apreço aos integrantes
Do Campo Lacaniano.

Pedro Paulo Paulino
Campos, Canindé, 13/01/16

Pedro Paulo Paulino é um poeta, cordelista, Jornalista prático e profissional em artes gráficas. Nasceu em 1967 em Vila Campos, zona rural do município de Canindé - Ceará. A qualidade de seu trabalho artístico valeu-lhe a alcunha de "Príncipe dos Poetas Canideenses". Com vários folhetos publicados e participação em diversos livros e outras publicações, como jornais, revistas e internet, Pedro mantém ainda o blog VILA CAMPOS ONLINE de Informação e Cultura Regional.  Maiores informações e outros trabalhos do autor estão disponíveis em  http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=95366

sábado, 5 de março de 2016

Atenção!

Prezados,

comunicamos que o seminário Enlaces e Desenlaces, coordenado por Andrea Rodrigues, terá seu início no dia 14 de março e não no dia 7, conforme divulgado anteriormente.

Agradecemos a compreensão!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Prelúdio de Pedro Arévalo para o trabalho no Seminário do Fórum Lacaniano de Fortaleza em 2016

O sonho das emeradas vazias[1]
Cifrar do inconsciente - Decifrar do passe
Análise depois da análise?

Pedro Pablo Arévalo, AE (2014-2017),
Fórum da Venezuela.

O fim da análise se estendeu por uns seis meses, desde o atravessamento do fantasma até a queda do objeto a e a destituição subjetiva. Foi um período intenso, um caminhar difícil, guiado por múltiplas formações do inconsciente, em particular sonhos bastante elaborados. Comparativamente os últimos dois, que marcaram o fim da análise, foram sonhos aparentemente simples. Estavam conectados entre si por um curioso significante – emeradas –formulado pelo inconsciente, e apresentavam enigmas que o dispositivo do passe e o início do período de AE têm ajudado a (parcialmente) decifrar. 
Pouco depois de um sonho de passe e fim de análise[i], próximo já à conclusão, recebe o analisante uma correspondência relacionada com a nova sede do Fórum, tema para o qual estava dando seu apoio. Na correspondência se mencionava a palavra cansar (agobiar em espanhol), a qual ressoou dentro dele, estava como em sintonia com o ponto de conclusão em que se encontrava. Em seguida a remeteu ao cansaço. Cansaço do objeto a? ... Sentiu que naquele momento se desmontou a transferência, caiu o SsS e o objeto a, e se deu a destituição subjetiva do passe[ii]. 
Dois dias depois tem um sonho de conclusão, de síntese: O sonho das emeradas vazias. Nele parecia se insinuar o objeto a, causa do desejo, e o ágalma. Sonha com umas caixas, como caixas de sapatos, muitas caixas dispostas umas sobre as outras, e umas ao lado das outras, tal como ficam nas sapatarias. As caixas estavam vazias, e por fora estava escrita uma palavra enigmática: emeradas, escrita assim, em itálico, minúsculas e separadas as letras. O analisante-analisado mencionou o sonho em uma sessão, comentando unicamente que aquela palavra o fazia recordar a mirada (o olhar), seu objeto pulsional por excelência[iii]. Em nada mais reparou, nem mesmo que as caixas estavam vazias. Possivelmente aquele mesmo cansaço que havia precedido o sonho se refletia na inusitada falta de vontade pelo decifrar do inconsciente.
Na noite seguinte sonha que está dentro de uma emerada – assim o disse no sonho – ainda que não seja uma caixa, mas uma estreita gruta, com pouca altura, aonde não pode estar de pé. Disse também: O falo me vence[iv]. Estes dois sonhos marcaram a conclusão da análise. O primeiro era um sonho sem afeto algum; no segundo havia angústia. Depois deles ainda foi a um par de sessões, dedicadas a fechar alguns pontos sobre o fim de análise e o passe, cujas entrevistas começariam pouco depois. 
Para aquele momento essa foi toda sua elaboração. Mas o curioso significante do inconsciente fez, por assim dizer, a viagem de ida e volta no dispositivo do passe, desde as entrevistas com as passadoras até as interpretações ouvidas depois da nomeação. Um dos integrantes do dispositivo fez uma ponte entre o significante emeradas e a mirada (olhar), o objeto pulsional, escrevendo-o assim: m( )radas, onde se evidencia a elisão da letra i (deixando entre parênteses o espaço vazio), que é como a elisão do i de ilegítimo, significante mestre do gozo descoberto ou revelado pela análise. Surpreendente…
Esta interpretação fez o analisante prestar atenção novamente, um ano depois do sonho, no significante construído pelo inconsciente. Com aquela interpretação se entendia que o inconsciente não tivesse escrito miradas, com todas suas letras. Mas por que não m radas? Por que emeradas? Ou por que não emerada, no singular? E por que não em maiúsculas?... Algumas destas e outras questões seguramente ficariam sem resposta, mas notou que a palavra emeradas, escrita com a letra m como eme, ficava ladeada pelas iniciais do nome do pai, e estavam incluídas na palavra as iniciais da mãe. E mais, elidido o i do significante mestre do gozo, ficava agregado o e da estrutura fundamental da repetição, o escape. Mais ainda, o objeto que rotulavam as emeradas, remetiam ao objeto dos negócios do pai. Mas agora não eram caixas de sapato, agora eram caixas de vazio, caixas de falta! Chapeau! para o inconsciente.[v]
À medida que transcorre a transmissão[vi] no período de AE, continuam a elaboração e o deciframento. Um colega comenta outro elemento presente nas emeradas: la mère (mãe em francês): e-mère-adas. Reacomodo da figura materna?... Ele mesmo por sua vez observa a quase homofonia com émeraudes, é dizer esmeraldas. E realmente é uma esmeralda, uma pedra preciosa este significante formulado pelo inconsciente, enroscado nesse valioso (ou insignificante?) objeto ao que designa e que fecha o vazio. Em toda a construção ressalta a simetria, a sínteses, a completude, a articulação. Esta peça de ourivesaria mostra o cifrar do inconsciente na conclusão da análise, é um trabalho que recolhe, sintetiza e articula elementos fundamentais que de algum modo resumem a conclusão de todo um grande percurso da  análise.
Importante é observar que a elaboração e o deciframento do sonho, com seus consequentes efeitos subjetivos, se deram graças ao dispositivo do passe. Este processo de trabalho com os diversos elementos do testemunho há de continuar durante o período de transmissão, acrescentando à análise uma dimensão que transcende o dispositivo freudiano, e que inclusive vá mais além do dispositivo do passe, ainda que a possibilidade de aceder à última etapa passe necessariamente por ele… E esta elaboração-deciframento não é um mero jogo hermenêutico, não é exercício de vaidade, produz efeitos de análise, mas além da análise, agora não com o Outro do analista, mas ante o Outro e os outros da Escola.
A onde pode levar este processo, em relação aos efeitos subjetivos no analisado? Certamente não há, não pode haver outra conclusão depois do fim. Mas, talvez, sim um aprofundamento ou um aperfeiçoamento da posição subjetiva alcançada com o fim de análise e a passagem de analisante à analista. A conclusão lógica do processo, que não sempre se alcança (há términos não conclusivos de análises), implica múltiplas mudanças subjetivas transcendentais, aparte dos meros efeitos terapêuticos e o fim da relação analista-analisante, as sessões e o trabalho de análise: atravessamento do fantasma, com o conseqüente enfraquecimento da cena fundamental, destituição subjetiva (que fecha a passagem de analisante a analista e permite o  manejo da função desejo de analista), assunção da castração, abertura ao desejo, mudanças dos modos de gozo, identificação ao sintoma, poder dedicar-se completamente às obras – ao trabalho e ao amor - (o que não podia, finalmente pode[vii] )... É este por acaso um estado de graça perfeito que se alcança de um só golpe, de maneira plena e única? Creio evidente que não, que é um estado em que há graus, é um reacomodo subjetivo generalizado que se localiza em uma escala de estabilidade e consolidação. Pensa-se nada mais na assunção da castração. É que o fim da análise nos garantiria (1) que não vamos nunca nos aferrar – se esperaria que só de maneira pontual- a certos significantes tentando tapar (nos) a falta: Sou Fulano de Tal, com tais e quais títulos e reconhecimentos, ou (2) a alguma parcela de saber na qual acreditamos ter verdades absolutas? (Falo de qualquer campo de saber, incluindo evidentemente o psicanalítico, ou uma área profissional, ou um saber acadêmico, e até político - espero ao menos não me encontrar a alguém defendendo irrefutáveis, quase reveladas verdades religiosas...). Tampouco nos garantiria (3) a nunca cair depois num  impossível gozo inesgotável. Me parece evidente que sempre se pode ir mais além na assunção da castração. Similarmente para os outros elementos que implica um fim de análise. O fantasma se debilita, mas não desaparece. A destituição subjetiva se dá em potência, não como estado perfeito e perene. E assim sucessivamente.  
As anteriores são claramente considerações referidas ao analisado que faz o passe e acede ao período de transmissão. Mas também são de se esperar na Escola efeitos teóricos e subjetivos do trabalho conjunto no período de cada AE. Confiemos então em que se gerem efeitos de valor, tanto individuais como institucionais.

Caracas, janeiro de 2015.

Tradução: Luciana Guarreschi



[1] Uma primeira versão deste artigo foi publicada na rede da IF como prelúdio da II Jornada sobre o Passe, ocorrida em Pereira, Colômbia, em 14/02/15, intitulada Da cura de uma análise ao desejo do analista.


[i] O sonho das toalhas e dos lençóis no hotel; se relata no testemunho.
[ii] Diz Colette Soler (2001/2009, p. 74): Finalmente a destituição subjetiva do passe. Com esta expressão designo o momento em que o analisante, com toda sua experiência de analisante, se sabe determinado como objeto no Outro. Este Outro – cuidado – é o inconsciente. Não e o Outro como parceiro exterior, e por isso podemos dizer que existe o terceiro estado do sujeito destituído (...) Poderíamos dizer que o sujeito se encontra equivalente ao objeto a. É o fim, o único final possível – segundo Lacan – da indeterminação subjetiva. Tomado de “Clínica de la destitución subjetiva", en ¿Qué se espera del psicoanálisis y del psicoanalista? Buenos Aires, Letra Viva.
[iii] Um ano e tanto depois esse sonho lhe recordou uma passagem de Cem Anos de Solidão: José Arcadio Buendía sonho essa noite (…) com um nome que nunca havia ouvido, que não tinha significado algum, mas que teve no sonho uma ressonância sobrenatural: Macondo (Gabriel García Márquez, 1967, Colombia, Colección Clásicos Universales, p. 21).
[iv] Este sonho contém outros elementos; no testemunho se expõe completo.
[v] Certezas de que estas elaborações acertem, coincidam com o que cifrou o inconsciente? Nenhuma, como tampouco se tem durante o tempo de análise. Mas a concordância e os efeitos subjetivos dão um indício e, por outra parte, há que se estar atento ao que segue falando o inconsciente.
[vi] Mas que transmissão, com seu carácter unidirecional, é um trabalho conjunto na Escola, a partir do testemunho.
[vii] Colette Soler, 2013, p. 89. El fin y las finalidades del análisis. Buenos Aires, Letra Viva.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Pedro Arévalo abrindo os seminários de 2016!





Inscrições:

Profissionais: Até dia 20 de fevereiro R$ 160,00 R$ 80,00
Estudantes de graduação: De 21 a 26 de fevereiro R$ 180,00 R$ 90,00

Na Sede do Fórum do campo Lacaniano Fortaleza: Rua Leonardo Mota, 1394, sala 103, de segunda à sexta-feira, de 9h às 13h, com Milena.

ou Depósito em conta:

Banco do Brasil
agencia: 1369-2
conta corrente: 29.114-5
Instituto de Formações Clínicas
OBS: Enviar comprovante de depósito para o e-mail: erciliasouza@uol.com.br

Mais informações:

Secretaria do FCL-Fortaleza: Milena. Fone: 3021 0811
Coordenação do Seminário: Ercília Souza. Fone: 996351501 ou e-mail: erciliasouza@uol.com.br