segunda-feira, 29 de setembro de 2014

XIII Jornada do FCL Fortaleza




APRESENTAÇÃO

          Falar de amor, com efeito, não se faz outra coisa no discurso analítico, afirma Lacan no seminário Mais, Ainda. Apesar disso, muitos anos antes, no seminário sobre A Transferência, ele já se queixara de que, embora uma longa tradição nos falasse do amor, para ele "é motivo de espanto que nós, analistas, que nos servimos dele, nada acrescentamos ao que se pesquisou durante séculos sobre este termo."
          Ele pode estar certo nas duas afirmações, pois se encontramos hoje uma carência nas elaborações dos analistas sobre o tema, em Freud há inúmeras passagens tratando do assunto. (Não esqueçamos, aliás, que no começo da psicanálise foi o amor entre Breuer e Ana O.) No texto sobre as pulsões, Freud define o amor como a relação do eu com suas fontes de prazer, uma vez que ele pensa que não se pode dizer que uma pulsão sexual ama seu objeto. Em Introdução ao Narcisismo, o amor é abordado a partir da escolha de objeto. O deslocamento da libido determina duas formas de escolha do objeto amoroso, dois caminhos distintos para essa escolha: a narcísica e a anaclítica, tendo ambas, como matriz, o narcisismo primário.
          Com Freud aprendemos ainda que onde o homem ama, ele não pode desejar e onde deseja, não ama, o que fornece, para ele, a característica da conduta erótica do homem civilizado: o selo da impotência psíquica, dada pela fato de que toda a sensualidade do menino está ligada no inconsciente a objetos sexuais incestuosos. Para poder desejar, ou, como afirma Freud, ser verdadeiramente livre e feliz na vida erótica, o homem precisa perder todo o respeito à mulher, degradando-a.
          Lacan vai retomar esse ponto no seminário sobre O Ato Analítico, onde ele afirma que o analista não pode tomar como verdadeira a afirmação de que todos os homens amam a mulher, "pois o que a psicanálise sabe é que todos os homens amam, não a mulher, mas a mãe".
          As mulheres também estão submetidas a consequências análogas  porém o que não parece existir nelas é a necessidade de rebaixar o objeto sexual, não lhes sendo possível, em muitos casos, dissociar a proibição que aparece na vida erótica das idéias sensuais, mantendo então a relação entre as duas coisas.
          Freud suspeita que há algo na própria natureza da pulsão que é desfavorável à emergência de uma satisfação plena e diz que em consequência do desdobramento da eleição de objeto e da proibição do incesto, o objeto definitivo da pulsão sexual nunca é primário, mas sempre um substituto - daí a série interminável de objetos. Por outro lado, essa mesma incapacidade de satisfação plena da pulsão sexual dá origem à sublimação. Ao mesmo, de acordo com ele, existe um temor fundamental à mulher e um poder que se opõe ao amor, rechaçando a mulher por considerá-la estranha e inimiga. Em termos lacanianos, poderíamos dizer que por não estar totalmente submetida à lógica fálica, que marca todos os seres da mesma maneira, a mulher - ou as mulheres - estão do lado de Heteros, do insuportável do outro pela diferença.
          Tudo isso não exclui que possa haver uma união do sexo com o amor, mas esta é da ordem da contingência, não é previsível, entre outras coisas, porque não há laço social que sustente o amor. As coisas do amor estão fora do discurso ou, como diz Caetano, "toda razão, toda palavra vale nada quando chega o amor".
          O fato é que a relação entre um homem e uma mulher não tem nada de natural. Lacan evoca a situação de um chalé na montanha, um homem e uma mulher isolados na natureza - ou, numa versão tropical, uma casinha de sapé numa praia deserta: é natural que eles façam amor? Ele vai afirmar enfaticamente que não, que homem e mulher não têm nada a ver juntos. "É chato que não possa ensiná-lo sem que isso faça escândalo", diz ele. Antes, ele já havia declarado que há algo de excessivamente complicado no amor com as mulheres.
          Uma das principais elaborações lacanianas sobre o amor se encontra no seminário sobre A Transferência, onde ele nos fala do amor como metáfora, uma vez que é a significação surgida da substituição do amante pelo amado. O que caracteriza o amante é ser aquele a quem falta algo, mas ele não sabe o que lhe falta. Já o o amado também não sabe, porém o que ele não sabe é o que tem. Além disso, o que falta a um não é o que existe escondido no outro, o que provoca todo o problema que há no amor, sua discordância, seu dilaceramento. Basta que se esteja nele, basta amar, diz Lacan, para ser presa dessa hiância, dessa discórdia. Daí o famoso aforismo presente nesse seminário: amar é dar o que não se tem. Lacan, nesse seminário, partiu do chamado amor grego, o amor dos belos rapazes. Como há toda uma coleção de regras para esse amor, ele ocupa a mesma função do amor cortês.
          Dando um salto ao seminário Mais, Ainda - outro que está prenhe de aforismos sobre o amor - vemos aqui Lacan introduzir, entre outras coisas, a relação entre amor, gozo, Outro e signo. Aqui não estamos mais no âmbito da metáfora e, freudianamente, ele afirma que o amor é narcísico, denunciando que a substância daquilo que é pretensamente objetal é de fato o resto, a causa do desejo. O amor, mesmo que recíproco, é impotente, pois ignora que é apenas o desejo de ser o Um, o que nos conduz ao que é impossível de estabelecer, a relação entre os sexos. É outro repetido aforismo: a relação sexual não existe. O amor é o que tenta fazer existir essa relação, é o que vem em suplência à relação sexual, de formas diferentes em cada discurso, mas nele não se trata de sexo.
          A idéia do amor, para Lacan, parte da noção de que dois podem ser um, que "nós dois somos um só", mas essa é a maneira mais grosseira de dar à relação sexual seu significado - pois o sujeito só tem a ver, enquanto parceiro, com o objeto a. Só lhe é dado atingir seu parceiro sexual, que é o Outro, por intermédio disto, de ele ser a causa de seu desejo. Ele não goza, portanto, com o parceiro, mas com um pedaço do corpo do outro, se este se adequar à sua fantasia. Como escreveu Manuel Bandeira, no poema "Arte de Amar": As almas são incomunicáveis / Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo / Porque os corpos se entendem, mas as almas não".
          Apesar de toda a mudança promovida por essa virada que ocorreu no seminário 20, com esse para além do Édipo para onde Lacan se encaminha, alguns pontos permanecem: não há complementaridade entre os sexos, o ser falante estando condenado à discórdia; e o amor, sendo essa forma de escamoteamento da ausência de proporção entre os sexos, se exemplifica melhor no amor cortês.
           Convido a todos, então, a aceitar a convocação implícita de Lacan de que já que nos servimos do amor, acrescentemos nosso grão de sal à questão. A proposta do tema vem como resultado de um ano de trabalho sobre o Seminário, livro 20, Mais, Ainda, no âmbito do Seminário do Campo Lacaniano em Fortaleza. Escrevam suas cartas de amor, suas cartas sobre o amor, inscrevam essas cartas e venham debater conosco, sem receio. Afinal, como escreveu Fernando Pessoa:

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

(...)


Sugestões de Temas:
Amor e desejo
Amor e gozo
Formas masculina e feminina de amar
O amor e suas máscaras
O amor e seus aforismos:
. Amar é dar o que não se tem
. O amor permite ao gozo condescender ao desejo

. O amor é o que vem em suplência à ausência da relação sexual
. O amor é signo de que trocamos de discurso
. O gozo do Outro não é signo do amor
Amor de transferência
A metáfora do amor

NORMAS PARA ENVIO DE PROPOSTAS DE TRABALHO

Os interessados em apresenta trabalho deverão encaminahar o resumo junto com o comprovante do depósito bancário de acordo com as seguintes instruçoes:

. Texto em arquivo formato Word versão 2003 ou superior
. Arquivo contendo duas páginas:
   Folha de rosto com o título do trabalho, nome completo do autor, instituição à qual pertence, formação e e-mail.
   Folha de argumento apenas com o título do trabalho e o resumo, contendo a contextualização do tema e objetivo do trabalho, devendo limitar-se a 2000 caracteres.
. Envio do argumento até 20 de outubro para fcl.fortaleza@gmail.com

FICHA DE INSCRIÇÃO:
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Valores:
                         est.                   prof.     
Até 13/10:        R$70                  R$140
Até 30/11:        R$80                  R$160
No local:          R$90                  R$180

Conta para depósito:
Banco do Brasil
Ag. 1218-1    c.poup. 38909-9    var. 51

Enviar comprovante de depósito para fcl.fortaleza@gmail.com

sábado, 6 de setembro de 2014

XV Encontro Nacional da EPFCL-Brasil

Apresentação


O Fórum do Campo Lacaniano do Mato Grosso do Sul sediará nos dias 13,14,15 e 16 de novembro de 2014 o XV ENCONTRO NACIONAL da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano-Brasil.

É com entusiasmo que para lá dirigimos nossa atenção, as questões e trabalhos relativos ao tema deste colóquio - AMOR E SEXOS.

Esperamos que este encontro nos dê a oportunidade de discutir a importância da subversão promovida por Freud com sua descoberta do Inconsciente, sempre retomada com cuidado por Lacan, e as consequências no que diz respeito à Sexualidade, a Pulsão e o Amor.

Quanto à sexualidade, para Freud os sujeitos são, de saída, bissexuais. Com tal postulado, nos ensina que há Homens e Mulheres bem demarcados no sentido do estado civil, mas eles não são feitos um para o outro como reza o discurso religioso, científico e social, porque a pulsão e o desejo, que estão na base da constituição de todo falante, independem de qualquer orientação sexual.

Lacan nos diz, em seu Seminário, livro 19, que o princípio do funcionamento de gênero feminino e masculino é a linguagem, pois "a linguagem é tal que todo ser falante é ou ele ou ela. Isso existe em todas as línguas do mundo.” Mas para ele, a identidade sexual, ser "homem ou mulher", é o resultado de um processo que qualificou de sexuação. Há aí uma ação para indicar que é um processo de linguagem, não um fato de natureza. Este processo distribui os sujeitos em duas categorias: - Aqueles que estão totalmente na função fálica e aqueles que não estão totalmente inscritos nela.

Os primeiros serão chamados Homens, qualquer que seja sua anatomia, e os segundos, que não estão totalmente inscritos na função fálica, se chamarão mulheres.

Quanto ao conceito de pulsão, com seu objeto faltoso e sua força constante pedindo repetitivamente esse mesmo objeto, que não surge jamais, não se pode educá-la nem acomodá-la aos ideais da sociedade, a uma educação sexual.

E o amor, o amor no XV Encontro achará com certeza quem o cante, o analise, não só nas histórias dos costumes ou nos mitos, mas nas descobertas que a psicanálise soube depositar.

Deixo aqui para sugeri-lo ou motivar, o que está no texto de 1914, "Sobre o narcisismo: uma introdução", no qual Freud diz: "É preciso amar para não adoecer".

CG da EPFCL-Brasil
Delma Fonseca
Andréa Milagres
Madalena Kfuri



                                                               ***


Prelúdio 1 

 A insustentável leveza do amor
Francina Sousa

Prelúdio, significante definido pelo dicionário Houaiss da língua portuguesa como “ato preliminar, primeiro passo para (alguma coisa)”, entre outras definições. Trata-se aqui de Ato Preliminar para um Encontro. Em nossa língua o significante “preliminar” facilmente nos remete ao ato sexual, e é dispensável elucidar que amor e sexo nem sempre são solidários, a experiência nos ensina. Permitam-me, pois, uma pequena consideração sobre o amor, primeiro termo de nosso tema.
No começo, o verbo. Amar, do ponto de vista da sintaxe da língua portuguesa, é transitivo. Significa que ele necessita de um complemento, algo que o acompanhe direta ou indiretamente, já que seria carente de algo por natureza. O escritor intui e adverte: amar é verbo intransitivo. Não combina com complementos posto que este significante remete à completude. E não há tal coisa no Amor, ele é tão manco quanto os corações daqueles que toca. O Amor é intransitivo. Não porque encontre tudo de que necessita em si mesmo dispensando todo e qualquer acessório, mas porque os complementos não lhe bastam! Intransitivo, uma vez que não há trânsito entre os amantes, aqueles que compõem a dissonante canção Amor. Gênio responsável pela comunicação entre os seres, não um Deus, o Amor não é maiúsculo...
Aspirando à possibilidade de ser todo, o amor faz com que os amantes acreditem na existência da relação sexual e que dois podem unir-se em Um. A ficção que chamamos amor aparece justamente para nos proteger do horror da não complementariedade entre os sexos. Dois serão sempre dois, apesar do Aristófanes de Platão ter ainda ecos no imaginário ocidental. Aliás, com o mito de Aristófanes, estamos exatamente no nível que nós, modernos, interpretamos o amor. Animado por este sentimento cômico, o amante busca algo para dar ao objeto de amor e é ativo e astucioso nesta interminável busca. Amor é esta crença de que encontramos no outro, na pessoa amada, algo que nos é precioso, aquilo que nos falta, um bem do qual queremos gozar e tal bem nos desperta para o desejo. Só que “o que falta a um não é o que existe, escondido, no outro. Aí está todo o problema do amor”[1], já nos diz Lacan nas primeiras páginas do Seminário sobre a Transferência. Caetano canta o desencontro da bruta flor do querer amoroso já que “onde queres revólver, sou coqueiro/E onde queres dinheiro, sou paixão/Onde queres descanso, sou desejo/E onde sou só desejo, queres não.”
Para tornar-se um amante, para ser tocado e animado pelo amor, uma transformação faz-se necessária. Mais precisamente uma metáfora, “na medida em que aprendemos a articular a metáfora como substituição”[2]. Um sujeito deve vir em lugar de outro. Seguindo o Lacan do Seminário 8, onde era o amado (objeto), deve o amante (sujeito) advir. Lacan ilustra esta operação com um estranho mito: uma mão que se dirige desejosa em possuir um objeto inanimado. Deste objeto, milagrosamente, estende-se outra mão, que busca pela primeira. As mãos não se tocam, permanecem neste espaço eterno (enquanto dura) tentando encontrar-se.
Recorro ao “nosso” Milan Kundera[3] e sua obra maior, A Insustentável Leveza do Ser, verdadeira lição sobre o amar na modernidade, para tentar expressar o milagre inerente à significação do amor. Este livro conta a história de amor entre Tomas e Tereza. O narrador revela ao leitor o momento preciso em que Tomas cai de amor por Tereza. Até então, fora ele um celibatário decidido, que havia encontrado um equilíbrio entre seu desejo e temor das mulheres naquilo que batiza como “amizade erótica”. Ingênuo, assim como o Erixímaco do Banquete, acredita que o equilíbrio, a harmonia seria possível entre os corações. Tomas tem inúmeras amantes, não ama nenhuma delas. No entanto o homem preparado e convencido a permanecer celibatário trai-se. É nesta traição que a falta e o desejo se expressam. A crença que o suposto equilíbrio de estar com todas e nenhuma ao mesmo tempo lhe trazia desmorona no momento em que é atingido pelo amor, momento em que está diante desta mulher que mal conhece e que vê pela segunda vez.
O que permite a Tomas sair de sua posição anterior, o que teria essa mulher de tão especial? Para ser amada por um homem uma mulher deve oferecer-se como objeto causa de seu desejo, objeto a. Tereza aparece exatamente neste lugar. Imaginariamente unido a ela, Tomas sente que não sobreviveria à sua morte, como se fossem parte vital um do outro. Para ele, Tereza “não era nem amante nem esposa. Era uma criança.” Abandonada. Esta é a metáfora que representa Tereza em seu inconsciente e que funciona justamente para que ele, Tomas, metaforize-se em outro, aquele que salva e protege esta criança:

“Mais um vez ocorreu-lhe que Tereza era uma criança posta numa cesta untada com resina e abandonada ao sabor da corrente. Como deixar derivar para as águas impetuosas de um rio a cesta onde se abriga uma criança? Se a filha do faraó não tivesse retirado das águas a cesta do pequeno Moisés, não teria havido o Velho Testamento e toda a nossa civilização! No começo de tantos mitos antigos, existe sempre alguém que salva uma criança abandonada. Se Pólibo não tivesse recolhido o pequeno Édipo, Sófocles não teria escrito sua mais bela tragédia! Tomas compreendeu então que as metáforas são perigosas. Não se brinca com as metáforas. O amor pode nascer de uma simples metáfora” (p.16)

Sim. As metáforas são perigosas. O amor nasce de uma simples metáfora...


quarta-feira, 3 de setembro de 2014

XV Encontro Nacional da EPFCL-Brasil


XV Encontro Nacional da EPFCL/Brasil - Inscrições

As  inscrições para o Encontro estão abertas e podem ser feitas através de depósito bancário e envio de comprovante do mesmo e da ficha de inscrição para o e-mail: xvencontroepfclbrasil@gmail.com
Fone: (31) 3222-3114

FICHA DE INSCRIÇÃO:
Nome:________________________________________________________________________
Endereço:_____________________________________________________________________
Cidade:_________________________________  Estado:______________________________ Cep:___________________ E-mail:_____________________________________________  Telefone:________________________________________

Dados para depósito:
Associação Fóruns do Campo Lacaniano
Banco: Itaú              Agência: 3102
C/c: 12144-3          CNPJ: 03.526.375/0001-88

VALOR DAS INSCRIÇÕES:
Profissionais e membros EPFCL- Brasil
Até 31/05/14: R$ 260,00
Até 30/08/14: R$ 280,00
A partir de 30/08/14: R$ 320,00
No local: R$ 360,00

Estudantes de graduação
Funcionários rede pública*
Até 31/05/2014: R$ 130,00
Até 30/08/14: R$ 140,00
A partir de 30/08/14: R$ 160,00
No local: R$ 180,00

*As inscrições serão válidas, mediante comprovante de estudante ou de funcionário público, enviado juntamente com a ficha de inscrição.



Coordenação nacional:Delma Fonseca Gonçalves - coordenadora
Andréa Milagres
Madalena Kfuri
Coordenação local:Isloany Machado
Comissão científica:Andréa Brunetto – coordenadora (MS)
Alba Abreu (SE)
Ana Laura Prates Pacheco (SP)
Elynes Barros Lima (CE)
Gracia Azevedo (PE)
Robson Mello (PR)
Sonia Magalhães (BA)
Vera Pollo (RJ)
Comissão de Organização:Juliana Costa
Comissão Cultural:Marisa Costa
Comissão de divulgação:Marilene Kovalski
  
Informações:
Com Flávia Coutinho
telefone: (31) 3222-3114