segunda-feira, 30 de maio de 2011

PSICANÁLISE E CINEMA - DEBATE

Filme: O amor não tira férias
Data: 28.05.11

Profissional convidada: Sandra Mara Nunes Dourado

Nessa segunda sessão de cinema do Fórum de 2011, contamos com a presença da Psicanalista Sandra Mara. Sandra iniciou o debate comentando a relação entre cinema e psicanálise, traçando um paralelo entre o cinema e a obra inaugural da psicanálise: A interpretação dos sonhos. Se nesta obra de Freud, o inconsciente nos é apresentado como “outra cena”, marcada por condensações e deslocamentos, no cinema, o diretor apresenta, na construção das cenas, personagens, imagens e sons que se condensam e se deslocam nos remetendo a algo que é da ordem do inconsciente. Lacan vai enunciar, em determinado momento do seu ensino, que a relação sexual não existe; na verdade ele não está se referindo ao ato sexual propriamente dito, mas ao desencontro entre os sexos. Sandra colocou que o que vem fazer suplência ao desencontro é o amor, ou como foi colocado por um dos presentes, essa sensação de consenso que procura fazer laço nas diversas formas de amor: Eros, ágape, fileo, storge. No filme, isso torna-se claro nas relações entre os diversos personagens. E Sandra ressaltou que o título do filme bem que poderia ser “o desejo não tira férias” porque é ele que insiste. Outro aspecto discutido foi que os personagens colocam-se ora na posição masculina, ora na posição feminina das fórmulas da sexuação postuladas por Lacan no Seminário XX, Mais, ainda. É assim que Amanda, embora feminina, adota uma posição fálica: é dona de seu próprio negócio e não chora diante das situações difíceis; já Graham, “materna” as duas filhas, faz os serviços domésticos e chora, no entanto, é ele quem se mostra decidido em levar adiante a relação dos dois apesar dos “desencontros”. Sandra conclui dizendo que apesar desses desencontros do amor, há que se fazer uma aposta, em Eros, para que Tânatos não prevaleça. E apostar em Eros, é apostar na vida.

Agradecemos a nossa colega Sandra Mara por essa rica contribuição!
Elynes Barros

domingo, 29 de maio de 2011

TERCEIRO ENCONTRO INTERNACIONAL DA ESCOLA



O espírito do Encontro :

Durante três dias, em Paris, é-nos dada a oportunidade de reunir-nos e debater o tema decidido em Roma em julho 2010 : convite antes de mais para testemunhar, interrogar e desenvolver este tema de atualidade para nossa Escola que vem fazer escansão no trabalho de reflexão sobre a experiência do passe, depois de Roma e antes do Rio de Janeiro.
O interesse pelo tema e a sua acuidade impõem-se, tanto pela seriação da experiência como pelos resultados e com eles a abertura epistêmica introduzida pela « positivação do final da análise” a partir da satisfação final obtida, como afeto positivo de conclusão. Haverá que sintonizar os resultados e as opções. O Encontro será colocado sob o signo da experiência, experiência do passe vivida de ambos os lados do Atlântico e que prossegue há já uma década. Respeitando as particularidades históricas e analíticas locais e retomando as nossas opções, poderá resultar em uma melhor homogeneidade das práticas e das designações entre as zonas geográficas: condição sine qua non para que a experiência internacional da Escola siga produzindo um ensino vivo.
O tema permitirá, com o passe colocado no cerne da Escola, o exame das diversas modalidades de final produzidas e com as sequências, e avançar idéias que justifiquem o título acordado : há um período pós-passe que diz respeito à vida do passante, à Escola, e mais fundamentalmente à transformação da relação de cada um com a análise.
Para facilitar este trabalho, o Encontro será dividido em dois tempos :
Um primeiro dia, sexta-feira, intitulado « A Escola posta à prova do passe », será dedicado a um debate sobre o passador e sobre o AME, organizado em duas mesas redondas de cerca de 3 horas. Intervenções curtas introduzindo a questão serão seguidas por um amplo debate para o qual esperamos as contribuições dos AMEs e dos passadores em particular mas também de todos os que participam a este trabalho de Escola (passantes, AE, membros). O programa será construído a partir das solicitações de colegas de todas as zonas geográficas, proporcionalmente ao peso numérico de cada zona.

O segundo dia e o terceiro serão dedicados a palestras sobre o tema geral : « A análise, seus fins, suas sequências », com um programa elaborado a partir das intervenções propostas atendendo a uma chamada a comunicação. Recordamos que este evento substitui os Dias nacionais da EPFCL-França e será construído a partir de um modelo semelhante. A tarde do sábado será preenchida por intervenções em salas múltiplas, isto para permitir as intervenções de membros dos diferentes países presentes no Encontro, enquanto que a manhã do sábado e o domingo serão reservados a intervenções nas sessões plenárias.

O que está em jogo no Encontro Internacional da Escola : A análise, seus fins, suas consequências.

Sexta-feira, 9 de dezembro : A Escola posta à prova do passe :

O que está em jogo é claro e foi vislumbrado em Roma, a questão diz respeito a toda a Escola e poder-se-á responder a duas questões a partir de um fio condutor estabelecendo a homogeneidade das designações em todas as zonas, tendo por mira o reforço da dimensão internacional da Escola.
- O passador : O que é um passador ? Efeitos do testemunho sobre o passador? O que é um justo testemunho?
- O AME : Designação dos AMEs ? Quando e como designar um passador ? O passe muda os AMEs (Relação dos AMEs com a Escola)?
-
Sábado 10 e domingo 11 de dezembro : 2° e 3° dias internacionais

Se em Roma durante o 2° Encontro internacional da Escola, alíngua, o Real e a nova definição do inconsciente (o falasser) foram amplamente abordados nas comunicações, este terceiro Encontro, na continuidade da experiência da Escola, deveria focar-se sobre uma positivação dos resultados da experiência, em relação com os avanços epistêmicos que os últimos textos do Lacan autorizam (historização, afetos de fim, Real tampão).
A análise não é nem interminável, nem se termina na depressão ou na exaltação, na dor ou por falta de combatentes. O final da análise já não é mistério, inefável, artísticamente confuso, ela é satisfação e até urgente satisfação. O inconsciente real, alíngua e este afeto de satisfação (do qual dever-se-á interrogar as formas, os meios de dar conta dele, a contribuição dos cartéis do passe) dá à análise um fim (mas também uma perspectiva, uma mira, um alvo) muito mais atraente que as negatividades de estrutura, os tormentos da castração ou a religião do furo. Assim, o texto do prefácio da edição inglesa do Seminário XI vem prolongar basculando-as as conclusões dos textos de l’Etourdit e a Nota Italiana: no fim, a tônica já não incide tanto sobre as perdas e as quedas, incide mais na identificação de uma satisfação que faz da análise uma experiência de mutação do afeto, uma experiência tocante também ao vivo, à experiência do viver: perspectivas dinâmicas para uma “análise viva” que deixa prever que o passe pelo Real não conduz nem ao solipsismo, nem ao cinismo mas antes pelo contrário anuncia o que tem chance de transformar em comunidade – e internacional – os dispersos díspares: consequências políticas que deverão ser analisadas pela Escola.

Conforme as épocas, conhecemos diferentes « modelos » de fim : travessia da fantasia, identificação ao sintoma, assunção da castração, estamos hoje perante uma questão crucial : qual é nossa concepção do Real ? Será que se trata apenas do real ligado aos efeitos de linguagem ou o será que o afeto de fim não assinalaria que a análise toca ao Real do vivo ? A elaboração dos gozos aos quais o falasser é confrontado permite extrair uma nova economia dispensada pela experiência de uma análise ? A borromeanização de RSI não autoriza uma leitura renovada do Real ? Como se articula este Real do vivo e o saber do inconsciente ?
A psicanálise é a única entre as disciplinas do conhecimento a situar corretamente o registro da falta e da perda, mas ela diz também (é o que os textos do Lacan dos anos 70 desenvolvem) o que se obtém da experiência : o positivo, o mais e as consequências que a operação comporta para aquele que nela se arrisca e a empurra até seu termo : fazer frente, construir uma resposta singular aos adventos do Real.
Vocês estão convidados a participar a estes dias que poderão vir a ser um evento maior se soubermos aproveitar a oportunidade, antes que voltemos a nos encontrar no Rio de Janeiro em julho 2012 sobre o tema : « O que responde o analista ? Ética e clínica. »

Albert Nguyên

quinta-feira, 26 de maio de 2011

XII ENCONTRO NACIONAL DA EPFCL-BRASIL




Prazos -------- Profissionais -- Estudantes


Até 31/07/11 --- 200,00 ----- 100,00

Até 31/10/11 --- 230,00 ----- 115,00

Após essa data -- 260,00 ----- 130,00



FICHA DE INSCRIÇÃO


Nome:

Endereço Completo:

E-mail:

Telefone: --- Fax:

Valor depositado: --- Data do depósito:

Instituição:


Dados para depósito:

Associação Científica Campo Psicanalítico

Banco do Brasil
Agência 3459-2
Conta 8467-0

Enviar comprovante de pagamento e ficha de inscrição preenchida para e-mail:

accp@campopsicanalitico.com.br

ou para o fax: 32455681.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

PROGRAMAÇÃO

ESPAÇO ESCOLA

"Engajar-se em um cartel, no entanto, não é confortável nem aconchegante; 'fazer' cartel não é brincadeira, é jogo duro, assim como todos os tempos da formação do psicanalista, porque o não sabido, o Unbewusst, o saber que falta, constitui tanto o ponto de partida, o princípio motor, quanto o ponto de chegada. É desconfortável e arriscado."
Dominique Fingermann


O FCL-Fortaleza se insere numa comunidade formada pela IF (Internacional dos Fóruns do Campo Lacaniano) e pela EPFCL que “visam, em âmbito internacional, uma crítica assídua, formação e transmissão da psicanálise a partir dos ensinamentos de S. Freud e J. Lacan.” Seguindo nesse caminho, o Espaço Escola é uma atividade mensal onde procuramos discutir as bases da Escola de Lacan e seus dispositivos, e suas repercussões na EPFCL. Trata-se de uma atividade direcionada não apenas aos membros do FCL-Fortaleza mas, como já foi dito em boletins
anteriores, também a todos aqueles que queiram se aprofundar nos textos de Lacan sobre a Escola e debater suas consequências para a formação do psicanalista.

Neste semestre continuaremos a discutir sobre o cartel, considerado por Lacan, juntamente com o passe, como órgão de base da Escola. Ele formulou esse pequeno grupo, no Ato de Fundação de sua Escola, como uma convocação ao trabalho – pois tem como princípio a elaboração da teoria psicanalítica – e uma articulação entre a psicanálise em intensão e a psicanálise em extensão. O grupo é composto de no mínimo três pessoas e no máximo cinco – sendo quatro a medida certa –
Mais Uma, encarregada da seleção, discussão e do destino do trabalho de cada um. 4+1 é a fórmula.

O próximo debate será animado pelo texto “A função borromeana do mais-um no cartel”, de Maria Anita Carneiro Ribeiro e publicada no livro Em torno do cartel.

Próximo encontro: 26 de maio de 2011
Horário: 20h30m




LANÇAMENTO DO LIVRO:

A Pele como Litoral: Fenômeno psicossomático e psicanálise.

Local: Fórum do Campo Lacaniano - Fortaleza
Endereço: Rua Leonardo Mota, 1394, sala 103 - Aldeota
Dia: 27/05/2011
Horário: 20h




A inclusão do psicanalista nas consultas compartilhadas possibilitou aos clínicos do Instituto da Pele a tranqüilidade de se saberem respaldados, principalmente no que tange às questões estressoras e emocionais, por um profissional cuja competência se endereça ao saber inconsciente. Assim tomando como desafio uma clínica que provoca até mesmo o saber médico colocando-o numa situação absolutamente peculiar ante sua especificidade - tal como acontece na psicanálise – foi que resolvemos pesquisar e refletir sobre a experiência da clínica no atendimento ao paciente com afecções dermatológicas, tidas como “doenças psicossomáticas". O livro A Pele como Litoral: Fenômeno Psicossomático e Psicanálise é o produto deste trabalho.
Organizadores: Heloíza Ramirez, Tatiana Assadi e Cristian Dunker







CINEMA E PSICANÁLISE: RESSONÂNCIAS

APRESENTA:


Sábado, 28/05 - 15h - O amor não tira férias (Nancy Meyers)

Iris escreve uma coluna sobre casamento bastante conhecida no Daily Telegraph, de Londres. Ela está apaixonada por Jasper mas logo descobre que ele está prestes a se casar com outra. Bem longe dali, em Los Angeles, está Amanda Woods, dona de uma próspera agência de publicidade especializada na produção de trailers de filmes. Após descobrir que seu namorado Ethan não tem sido fiel, Amanda encontra na internet um site especializado em intercâmbio de casas. Ela e Iris entram em contato e combinam a troca de suas casas, com Iris indo para a luxuosa casa de Amanda e esta indo para a cabana no interior da Inglaterra de Iris. Logo a mudança trará reflexos na vida amorosa de ambas.

Nesta ocasião, contaremos com a presença da psicanalista Sandra Mara Nunes Dourado como nossa debatedora

O Cinema e Psicanálise do Fórum de Fortaleza dá continuidade a sua programação trazendo filmes que abordem a temática do desejo em suas produções. O tema corrobora com o do Encontro anual da EPFCL/Brasil e com o nosso Seminário de Formação local. Esperamos encontrá-los em nossas sessões regadas à pipoca com refrigerante e uma boa discussão.
Lembramos que essa atividade trata-se de um espaço aberto a todos os amantes da sétima arte e da psicanálise.
LOCAL:
Rua Leonardo Mota, 1394, sl 103 - Aldeota - Fortaleza - CE
Informações: Elynes Barros - 8898-7288 e 9603-7294

quarta-feira, 18 de maio de 2011

CINEMA E PSICANÁLISE: RESSONÂNCIAS - MAIO

FÓRUM DO CAMPO LACANIANO DE FORTALEZA

CINEMA E PSICANÁLISE: RESSONÂNCIAS

APRESENTA:




Sábado, 28/05 - 15h - O amor não tira férias (Nancy Meyers)
Iris escreve uma coluna sobre casamento bastante conhecida no Daily Telegraph, de Londres. Ela está apaixonada por Jasper mas logo descobre que ele está prestes a se casar com outra. Bem longe dali, em Los Angeles, está Amanda Woods, dona de uma próspera agência de publicidade especializada na produção de trailers de filmes. Após descobrir que seu namorado Ethan não tem sido fiel, Amanda encontra na internet um site especializado em intercâmbio de casas. Ela e Iris entram em contato e combinam a troca de suas casas, com Iris indo para a luxuosa casa de Amanda e esta indo para a cabana no interior da Inglaterra de Iris. Logo a mudança trará reflexos na vida amorosa de ambas.

Nesta ocasião, contaremos com a presença da psicanalista Sandra Mara Nunes Dourado como nossa debatedora

O Cinema e Psicanálise do Fórum de Fortaleza dá continuidade a sua programação trazendo filmes que abordem a temática do desejo em suas produções. O tema corrobora com o do Encontro anual da EPFCL/Brasil e com o nosso Seminário de Formação local. Esperamos encontrá-los em nossas sessões regadas à pipoca com refrigerante e uma boa discussão.
Lembramos que essa atividade trata-se de um espaço aberto a todos os amantes da sétima arte e da psicanálise.
LOCAL:
Rua Leonardo Mota, 1394, sl 103 - Aldeota - Fortaleza - CE

Informações: Elynes Barros - 8898-7288 e 9603-7294

sábado, 14 de maio de 2011

LANÇAMENTO: A PELE COMO LITORAL - Fenômeno Psicossomático e Psicanálise

FÓRUM DO CAMPO LACANIANO DE FORTALEZA

CONVIDA PARA O LANÇAMENTO DO LIVRO:


A Pele como Litoral: Fenômeno psicossomático e psicanálise.

Local: Fórum do Campo Lacaniano - Fortaleza
Endereço: Rua Leonardo Mota, 1394, sala 103 - Aldeota
Dia: 27/05/2011
Horário: 20h


A inclusão do psicanalista nas consultas compartilhadas possibilitou aos clínicos do Instituto da Pele a tranqüilidade de se saberem respaldados, principalmente no que tange às questões estressoras e emocionais, por um profissional cuja competência se endereça ao saber inconsciente. Assim tomando como desafio uma clínica que provoca até mesmo o saber médico colocando-o numa situação absolutamente peculiar ante sua especificidade - tal como acontece na psicanálise – foi que resolvemos pesquisar e refletir sobre a experiência da clínica no atendimento ao paciente com afecções dermatológicas, tidas como “doenças psicossomáticas". O livro A Pele como Litoral: Fenômeno Psicossomático e Psicanálise é o produto deste trabalho.
Organizadores: Heloíza Ramirez, Tatiana Assadi e Cristian Dunker

Organizado a partir de uma extensa pesquisa clínica e bibliográfica sobre o atendimento ao paciente com afecções dermatológicas tidas como “psicossomáticas”, o livro traz uma série de textos sobre a articulação da psicanálise e a relação do sujeito com o corpo. Realizado em sua maior parte no contexto ambulatorial o trabalho (fruto do projeto de pesquisa Aspectos psicológicos do paciente com vitiligo e psoríase, elaborado e aplicado no âmbito do Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise em cooperação com o Instituto da Pele) foi criado para atender a demanda de alguns dermatologistas que se questionavam sobre a não aderência do paciente ao tratamento. “Não é fácil compreender, já que o êxito ou não dos resultados obtidos depende da adesão e da relação do paciente com o tratamento, o fato de o doente ir ao médico, receber ou adquirir toda a medicação prescrita e não seguir a orientação recomendada. Há algo aí que falha, que escapa ao saber e que se apresentava como questão para a equipe médica.”, diz Heloísa Ramirez. Mas o diferencial deste projeto encontra-se na criação de um dispositivo que a equipe denominou de Consultas Compartilhadas, um procedimento em que o analista acompanha as primeiras consultas médicas do paciente, e que “tem como finalidade verificar, na relação médico-paciente, indícios de uma possível aderência ao tratamento, aspectos relativos à dinâmica da doença, e, mais ainda, a partir do discurso do paciente, se é possível vislumbrar algum sinal de demanda, ainda que mínima, para um atendimento psicanalítico”. Esta parceria rendeu ao livro a participação da equipe médica na sua composição. Depois do primeiro capítulo, onde é contada a história do projeto, encontram-se três artigos onde é possível conferir a visão médica sobre as afecções de pele estudadas no projeto: psoríase, vitiligo e psicodermatoses. Os demais artigos são psicanalíticos e em sua maioria se referem à clínica. O livro foi prefaciado pela psicanalista Sonia Alberti, professora adjunta do Instituto de Psicologia da UERJ e AME da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano: “A pele como litoral é uma grande contribuição para além das fronteiras em que se situam os dois campos: psicanálise e medicina”.


Heloísa Helena Aragão e Ramirez
Psicanalista. Membro da EPFCL (Escola de Psicanálise dos
Fóruns do Campo Lacaniano); Membro do Fórum do Campo
Lacaniano – SP. Coordenadora da Rede de Pesquisa e Clínica
em Psicossomática em São Paulo e Mogi das Cruzes, e do Projeto do grupo
Psicanálise e Filosofia: implicações clínicas (USP/SP) na linha
de pesquisa: Corporeidade em psicanálise: a psicossomática,
alocados em São Paulo, no ABC e em Mogi das Cruzes. Autora
de artigos de psicanálise publicados em revistas científicas.
heloramirez@gmail.com

Tatiana Carvalho Assadi
Psicanalista. Membro do Fórum do Campo Lacaniano – SP.
Coordenadora da Rede de Pesquisa e Clínica em Psicossomática
em MC/SP. Pós-doutoranda em Psicologia Clínica (USP/SP) -
Doutorado em Ciências Médicas pela
Universidade Estadual de Campinas (2007). Pesquisadora do
grupo Psicanálise e Filosofia: implicações clínicas (USP/SP) na
linha de pesquisa: Corporeidade em psicanálise: a psicossomática.
Pesquisadora do Estudo comparativo internacional
das marcas-corporais auto-infligidas à luz dos laços sociais
contemporâneos: Função das tatuagens e escarificações na economia
psíquica dos jovens adultos: gênese, relação com o corpo, solução
subjetiva. PST-USP e Laboratoire de Psychopathologique et
clinique psychanalytique.-Rennes 2- Fr. Escreveu, entre outros,
artigos sobre psicossomática.
Email: tatiassadi@uol.com.br

Christian Ingo Lenz Dunker
Psicanalista. Professor Livre-Docente do Departamento de
Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia da USP. Pós
Doutorado na Manchester Metropolitan University. Analista
Membro de Escola (AME) da Escola dos Fóruns de Psicanálise
do Campo Lacaniano. Autor de Lacan e a Clínica da
Interpretação (Hacker, 1996) e o Cálculo Neurótico do Gozo
(Escuta, 2002) além de diversos artigos e capítulos de livro em
revistas científicas de diferentes países.
chrisdunker@usp.br

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Em tempos escuros nos ajudam aqueles que souberam andar na noite

Segue abaixo um comentário escrito por nossa colega de Campo Grande, Andréa Brunetto, quando da morte do escritor argentino Ernesto Sabato. Andrea é a próxima convidada do Seminário do Campo Lacaniano em Fortaleza.

E se foi Ernesto Sábato. Morreu para não fazer um século. Data pesada para esse homem que nasceu para batalhar com a morte? Nasceu e sua mãe o batizou de Ernesto, em homenagem ao pequeno Ernestito vindo antes e que morreu. E depois vem ele, a ocupar o lugar do Ernestito que se foi cedo e do qual ela nunca se esqueceu.

Dessa batalha pessoal - que ele nos contou em "Antes del fin" - fez as mais belas frases que alguém já escreveu sobre a vida, sobre a energia necessária para seguir adiante.

E escreveu sobre o fim de sua vida, despedindo-se. Há uns vinte anos atrás. E depois há cerca de dez anos escreveu os diários de sua velhice, novamente se despedindo. Mas resolveu viver mais uma década.

Em "Antes del fin", livro escrito para os jovens que vivem nesses tempos sombrios, nos dá vários exemplos de que o ser humano só cabe na utopia. E apresenta vários exemplos de homens que redimiram a humanidade porque resgataram a esperança e que, através de sua morte, nos entregaram o valor supremo da vida, "mostrando-nos que o obstáculo não impede a história". "Sólos quienes sean capaces de encarnar la utopía serán aptos para el combate decisivo, el de recuperar cuanto de humanidad hayamos perdido".

Confessa que também ele quis fugir do mundo, mas os outros o impediram, as cartas, as palavras nas ruas, o desamparo.

Seu livro "España en los diarios de mi vejez" é umas das coisas mais lindas que já li. E também nele, na sua apresentação, coloca a utopia como o único caminho. E nesse caso a nomeia: "a recuperação da Argentina, este renascer das possibilidades que se vivem hoje, e que mostram, uma vez mais, que o que pareceu impossível está encontrando seus sulcos".

Para ele, a verdadeira solidariedade é o encontro com o outro, tão difícil "nesse mundo acéfalo que abole todas as diferenças". E nesse encontro com o outro, também encontramos um sentido que nos colocará acima da fatalidade da história". Utópico ele? E o que seria o ser humano sem utopia? Desamparado, acéfalo, obscuro. Um nada.

Estamos todos, hoje, um pouco mais desamparados, sem sua escrita que sabia tão bem andar na noite. Sobretudo a Argentina.

Andréa Brunetto

quarta-feira, 11 de maio de 2011

SEMINÁRIO DO CAMPO LACANIANO

DESEJO, TRANSFERÊNCIA E INTERPRETAÇÃO

ANDRÉA BRUNETTO
AME, EPFCL-Brasil / Fórum do Mato Grosso do Sul

DATA: 18/06/2011
LOCAL: Hotel Diogo

GRUPO DE ESTUDOS PREPARATORIO
QUARTAS-FEIRAS, 20h
Sede do FCL-Fortaleza



BIBLIOGRAFIA

- LACAN, J. “A direção do tratamento e os princípios de seu poder” in Escritos
Seminário “O desejo e sua interpretação”, aula de 3 de dezembro de 1958
Seminário “O avesso da psicanálise”, cap. 2

- FREUD, S. Conferências introdutórias:
Conf. XXVI – “A Transferência”
Conf. XXVII - “A Terapia Analítica”

- SOLER, C. “As regras da interpretação” e “Identificação e interpretação”, in Artigos Clínicos.